
Metade ficcional estraga ensaio sobre a pureza no cinema
O filme enquanto documentário resulta muito bem, talvez seguindo essa linha e teríamos uma referência no nosso cinema...este filme, que foi o nosso único representante no último festival de Cannes retrata a pureza, o verdadeiro, a intensidade da aldeia que muito de nós ainda vivemos no seu glorioso mês de agosto...tira-se polaroides de situações normais e banais, as enchentes de verão, as festas do mês de agosto, o karaoke, o Javali, os franceses e suas psicoses, os bailaricos da mini no balcão, as desgarradas, as personagens tipo da aldeia, os amores de verão, Paulo Moleiro (o menino do rio) e o seu salto, as procissões que se cruzam, a música ligeira com legendas, os postos de vigia, os incêndios, as suas mariposas e casas de alterne, os freaks dos montes, os motards de Góis, as histórias que se contam, isto tudo poderia ter sido gravado em qualquer ponto do país, é isto que nos identifica e nesse aspecto o filme resulta muito bem...melhor momento do filme é o Sr. Agostinho e a sua mulher contando histórias, num dos melhores diálogos de sempre no cinema português...entretanto introduz-se a parte ficcional, sendo esta desnecessária, fazendo o pêndulo no filme das misturas de certa forma estranhas, na confusão de indefinição de géneros, a descontração como é feito, momentos non-sense, alguns bons planos, o sarcasmo dos proprios profissionais de cinema, como a dizer que faltando o orçamento, a malta desenrasca-se a ironizar isto tudo...
2 comentários:
Tb achei q a histórinha de amor adolescente é fora!Fosse o Sr.Agostinho e a mulher as personagens principais é q era!De resto curti o Pimentel do som ;p e a os cenários fantásticos do nosso Portugal profundo real!
Pois, esqueci-me de referir a personagem do Pimentel! o carro dos bombeiros...o rio alva...o nosso Portugal real é lindo...ranheta, para quando uma road trip para aqueles lados?
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