O boom visto de cima!

Ontem tive oportunidade para regressar ao boom 11 anos depois...agora com visão diferente acompanhando a companheira no projecto Yemanjazz que tocou no palco Sacred Fire, mais virado para fusões world, jazz sem electronicas...a par das evidentes notícias e críticas negativas que assolaram a semana inteira, o Boom sobre mostra a sua força, a sua organização, o seu espírito, o seu conceito vivendo sem patrocínios...é preciso viver e respirar aquilo para ser percebido...gostei da organização, num espaço enorme, numa cidade de tons alternativos onde se celebra a cultura independente e expressão artística...não sendo exclusivamente de sons electronicos de trance psicadélico ou ambiental, mas apanhando todas as vertentes de estilos musicais alternativos em 4 palcos/tendas havendo porém outras locais alusivos a outras culturas, tais como cinema, multimédia, instalações, etc...é um festival conotado com drogas alucinógeneas ou estimulantes, como qualquer tipo de evento electrónico, mas sendo muito superior a isso, o Boom festival desenvolve projectos na área da sustentabilidade, ao nível da energia, do tratamento de resíduos e da água, sendo um dos festivais mais interculturais do mundo, com a lotação esgotada de 35 mil (lá dentro ouviu-se 52 mil) e com a participação de 87 países...numa envolvência natural belíssima, este evento atinge o seu auge, originando anti-boom´s (publico que não conseguiu entrar no boom) do outro lado da lagoa...penso para quem vive aquilo intensamente atingiu-se um ponto indesejavel, para mim como curioso, achei um evento completamente à parte...talvez em 2010 passe por lá uns dias...de resto pizza salgada, bastidores, 1 gajo maluco com uma empilhadora, dezenas de visões cómicas de pessoas nas suas mais variadas expressões artísticas, chocolates quitados, muita fruta, o convívio com os Yemanjazz, o respirar dos bastidores e o ar apoeirado que se respira numa liberdade completa onde tu podes ser tudo aquilo que desejas sem complexos e regras!