FMM - Porto Covo!

Começo por dizer que ter bons amigos, ouvir boa musica e ter um copo de plástico de cerveja na mão, estas combinações são o melhor que posso ter...e depois deste Porto Covo, este Festival continua a sua evolução lenta, mas organizada e de excelente gosto! Noites ventosas e algum frio, com um recinto inteligente e sem filas, as pessoas são muito simpáticas mas com outro ritmo...o grupo compõe-se, monta-se tendas, come-se bifanas e bebe-se muita mini!
Chegados ao recinto, deparamos com pouca gente, e com os extraordinários Galandum Galundaina em palco, com pronúncia mirandesa onde se misturam com os pauliteiros de miranda que vieram dar mais agitação de palco! É sempre um prazer ouvir esta banda, e cada vez confirmam o seu potencial enquanto embaixadores do dialecto e cultura mirandesa!
Darko Rundek foi morno, reconheço que o homem tem uma voz extraordinário, cheia de luxúria e encanto, mas foi desequilibrado o concerto, tendo um animador francês de descendência portuguesa, e aquela música "quick" que nos pôs a skazar ali uns 5 minutos
Etran Finatawa, banda que mistura tuaregues com wodaabe, 2 povos nómadas da Níger, e que com o seu rock hipnótico (esque-Tinariwen) com percussão africana, nos dá um som repititivo mas que não nos sai da cabeça...ui, aqueles regressos intermináveis ao parque de campismo misturados com vizinhos com uma pronúncia fortíssima de lá de xima e que nos diz que é de Torres Vedras! Enfim, bebe-se mais umas minis nas tendas e acorda-se no outro dia meio desorientado, directos à praia! Aqui nos encontramos rodeados de ventania e de Vips, que para tirarem uma fotografia, tem que vestir fatos de mergulho e fingirem que são muito radicais para enfrentarem ondas inconsequentes com um mar extratemente frio! Vamos mas é comer um fabuloso Arroz de Tamboril no meio da rua, recheados de saladas de polvo, búzios e 4 garrafas de vinho branco gelado! Ui! Passear, ver as vistas, passeio à praia e uma entrevista com uma moça bonita acerca do festival...com um ar sério e conhecedor, tive um discurso fluente o que levou ao resto do grupo a desanimar...hehehe...palhaços!
À noite, Don Byron e sua troupe deu-nos uma boa lição de funk, onde estava rodeado de excelentes executantes, destacando o baterista!
Let me see...hummm...melhor concerto que vi, foi a da senhora Mamani Keita e Nicolas Repac, que nos deram uma lição de boa música, simpatia e profissionalismo! Gostei muito deste concerto, destacando claro o senhor que tocava N´gomi, que nos deliciou a todos pela sua simpatia facial!
Apesar de deslocados, os Deti Picasso encantaram-me...não espera...tive o concerto todo a pensar como é que ia convencer a vocalista a ir para a minha tenda...sim, eu sei que tenho um gosto esquisito, mas estas mulheres do leste matam-me...e pronto é isto, a música tinha pontos interessantes, quando ela viajava mais na Arménia, mas de resto, valeu mesmo por ela! Ah, aquela música que ela cantou no final sozinha, teria que ter mais uns minutos e seria a musica marcante para mim neste fim-de-semana na costa alentejana rodeado de alguns amigos do coração e outros conhecidos! Boa noite e um queijo!
Agora sexta volto à loucura...